quinta-feira, 13 de março de 2014

O CENTRO - EQULÍBRIO E DOMINAÇÃO NO COMBATE

Ouvi de um enxadrista, certa vez: "nos primeiros lances, procure dominar o centro do tabuleiro. Quem domina o centro...tem grande chance de ganhar o jogo..."

Passei a observar que nos combates em artes marciais, quem domina o centro da quadra, deixando que o oponente circule á sua volta, passou a ser uma forma de dominar "o jogo". Quem está no centro acompanha com os olhos o desgaste físico do oponente que tenta encontrar uma brecha (suki) para atacar.

No Kendo temos a mesma experiência. Se voce buscar o centro com sua shinai (espada de bambu), tem grande chance de, dominando o oponente, atingir o Men (golpe frontal).

No Aikido, é preponderante a lição de trazer o seu oponente para o seu centro a fim de dominar o combate com o desequilíbrio provocado com esse movimento.

Por outro lado, ao buscar o centro, perceba que a sua mente repousa em estado de alerta, pois o desgaste físico e emocional de quem está nessa posição é extremante menor e, portanto, uma posição mais favorável.

Necessitamos desenvolver a arte de dominar o centro, o equilíbrio, o nosso equilíbrio. Nos extremos, nada conquistamos, lá só existe desperdício de energia mental e física.







terça-feira, 4 de março de 2014

BUDO

Vivendo o Budô significa que, quando nos domínios do espírito você percebe que um corpo destreinado é irrelevante.

Retornei agora pouco do treino de Kendo e Iaido. O peso do equipamento, o desequilíbrio provocado pela espada, o provável cansaço, tudo isso é superado quando retiramos o Men e enxergamos que houve crescimento espiritual. Esse é o paradoxo das artes marciais.

Uma prática guerreira pode sim conduzir o homem à iluminação. Iluminação é a certeza de que há limites de possível superação, dentro do Dojo e na vida cotidiana. Iluminação é conhecimento, autoconhecimento.